23/01/12: Hipismo se prepara para torneios que definirão equipes olímpicas
Como país, Brasil tem vaga no CCE (Concurso Completo de Equitação) e salto; Luiza Almeida tenta vaga individual no adestramento.
Enquanto amazonas e cavaleiros se dividem entre treinamentos no Brasil, viagens à Europa e expectativa por provas observatórias para formação das equipes olímpicas, Luiz Roberto Giugni, presidente da CBH (Confederação Brasileira de Hipismo) se mostra confiante quanto à participação do país em Londres (com competições entre 27 de julho a 12 de agosto).
- Estou animadíssimo. O trabalho tem sido muito bom.
No salto, por exemplo, já tínhamos a vaga olímpica pelos Jogos Mundiais e não levamos os melhores cavalos para o Pan de Guadalajara [em outubro]. Os Estados Unidos [que foram ouro por equipes, à frente dos brasileiros] precisavam levar os melhores.
Luiza ainda está na luta
O Brasil não conseguiu vaga no adestramento pelo Pan de Gduadalajara. Se a classificação não viesse, Luiza Almeida já havia adiantado que tentaria a vaga para a Olimpíada de Londres individualmente, pelo ranking da FEI (Federação Equestre Internacional) – e assim está fazendo, segundo o presidente da CBH.
- Ela teria de ser a mais bem classificada da América Latina. Para isso, vai fazer três provas em fevereiro, todas no Clube Hípico de Santo Amaro [o primeiro, do dia 3 ao dia 5; o segundo, de 10 a 12, e o terceiro, de 24 a 26].
A concorrente dela à mesma vaga é a Ivonne Losos, da República Dominicana.
Ivonne foi campeã individual no Pan do Rio de Janeiro-2007, onde Luiza Almeida foi bronze por equipes, o que valeu vaga ao Brasil na Olimpíada de Pequim 2008, quando tinha apenas 16 anos.
No CCE (Concurso Completo de Equitação), o Brasil conseguiu a vaga olímpica com o bronze do Pan de Guadalajara. Mas o critério para formação da equipe olímpica – com cinco vagas – será por observação e decisão do técnico inglês Nick Tuner.
Em março, viajam para a Europa Saulo Tristão, Guega Foffanof, Márcio Jorge e Jésper Martendal. Os que já moram lá são Ruy Leme da Fonseca, Caca Paro, Marcelo Tozzi e Renan Guerreiro.
A base deve ser mesmo na Inglaterra, em local ainda a ser definido, para as avaliações do técnico inglês – que também virá ao Brasil, antes da entrega definitiva dos nomes ao COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
Para formação da equipe de salto – onde o conjunto (o cavalo) é fundamental, haverá três concursos para observação no Brasil – em São Paulo, de 1º a 4 de março; em Curitiba, de 8 a 11 de março, e no Rio de Janeiro, de 5 a 8 de abril.
Mas também há cavaleiros viajando para os concursos da Europa, que também valerão para observação – caso de Luiz Francisco de Azevedo, Pedro Muylaert, Stephan Barcha e Yuri Guerios.
Na Europa, já moram Rodrigo Pessoa (campeão olímpico em Atenas 2004), Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda (o mais bem colocado no ranking mundial da FEI, hoje, em 11º lugar), Pedro Veniss, Bernardo Alves, Camila Mazza (que estiveram em Pequim 2008), Karina Johannpeter e Carlos Ribas.
Estes são os que estão inscritos no processo, com os cavalos devidamente nacionalizados, até 31 de dezembro de 2011 [ano anterior ao da Olimpíada], além de Let's Fly, Ashley e Rufus, Rodrigo Pessoa tem Ciske, recém-comprado, como explica o presidente da CBH.
Pedro Vennis compete com Cornet D'Amour; Doda tem Dan e Bogeno; Karina está com Uruquai, também recém-comprado; Bernardo Alves com Bridgit; Camila Mazza com Willink e Ribas com Ronaldo.
A base da equipe de salto até a Olimpíada, segundo o presidente Luiz Roberto Giugni, será em Valkensvard, Holanda.
- Tenho os pés no chão, sei que em Olimpíada o esforço é maior, que não adianta levar cavalos que não estejam preparados para saltar 1,60 m. Mas estamos com alguns muito bons, sim, da mesma forma que temos grandes cavaleiros.
Fonte: Denise Mirás, do R7 |